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20 de abr. de 2013

TESOUROS DE MEMÓRIAS

Adamor Oliveira e Nilson Montoril de Araújo (Foto: Rogério Castelo)

Foi lançado oficialmente no dia 19 de abril de 2013, na sede da OAB-AP, o primeiro livro de Adamor de Sousa Oliveira intitulado  Tesouros de Memórias (Premius Editora; 358 páginas; 40,00 reais).
A obra foi escrita durante seis anos e está disponível agora para todos os leitores, principalmente os estudantes, professores e pesquisadores que buscam avidamente informações sobre a história do Amapá.

Tesouros de Memórias (capa)

Reproduzimos abaixo parte do Prefácio da obra escrito por Paulo Tarso Barros:

        
"Este livro me chamou bastante atenção e me surpreendeu a cada página, pois encontrei nele um guia da história do Território Federal do Amapá – guia porque nos conduz por cada parte importante dos acontecimentos que moldaram, durante 46 anos (período que o autor escolheu para construir sua obra), a bela, rica e ainda pouco conhecida, pela maioria dos que aqui moram, história do Amapá. Nas palavras de Adamor Oliveira, este é um “livro de memórias, de reconhecimento, de homenagens, de tributos, recordações e saudades, sobre tudo que aconteceu de bom no Amapá”. Então relembro de outro pioneiro, meu saudoso e querido amigo e confrade Coaracy Sobreira Barbosa (1923-2003), e seu esforço louvável em reunir centenas de biografias dos pioneiros em duas obras publicadas que tive o privilégio de prefaciar e ajudar na confecção – Personagens Ilustres do Amapá Vol. I e II – e uma que deixou inédita. Não poderia deixar de estabelecer esta relação entre Coaracy e Adamor para ressaltar, com extrema convicção, o quanto é importante esse tipo de inciativa que municia de informações os pesquisadores, estudantes, professores e demais interessados sobre as pessoas e os fatos mais notáveis que sedimentaram o projeto deste Estado localizado na Amazônia brasileira.
Coaracy Barbosa (centro) entre o poeta e jornalista Cordeiro Gomes
e o historiador Estácio Vidal Picanço (Fonte: Jornal do Dia,1998)
 Memórias históricas são tesouros valiosíssimos, mesmo quando têm a marca do autor em muitos dos fatos aqui relatados – e não poderia ser diferente, haja vista a importância que ele teve e continua tendo na nossa história. Ele mesmo esclarece isso quando afirma: “Procuro, com muito carinho, demonstrar a valorosa participação dos pioneiros, homens, mulheres, jovens e crianças, que, diante de uma perspectiva vibrante, marcharam, lutaram veementemente, conquistaram com bravura, investiram e acreditaram no sucesso, para alargar as fronteiras de nossos caminhos e horizontes”.
Ao expressar suas opiniões – pois se trata de um livro de memórias – ao invés de apequenar o tema, penso que ele expandiu a extensão do seu depoimento, pois permite a todos nós interagirmos e tirarmos nossas próprias conclusões sobre tudo aquilo que ele nos diz. Percebi, durante a leitura, que Adamor Oliveira buscou englobar todos os fatos relevantes, dos muitos aspectos que compõem a História – políticos, sociais, econômicos, culturais, esportivos, jurídicos, transportes, comunicações, religiosos, etc. Daí a riqueza e validade desta obra, em parte testemunhal, que ainda traz fotos históricas, algumas inéditas em publicações, que só enriquecem o primoroso trabalho de pesquisa que foi tão carinhosamente feito durante alguns anos pelo autor.
Janary Nunes conversando com operários
e inspecionando obras no Território do Amapá
(Fonte: arquivo de Janary Nunes)

Além dos fatos que vivenciou mais de perto, como sua atuação como promotor, presidente da OAB, secretário de segurança, professor, presidente do Conselho Territorial de Trânsito, juiz eleitoral e desportista, ele enfatiza uma característica marcante da personalidade daquele que é, certamente, o protagonista maior da história do Amapá, Janary Gentil Nunes (1912-1984), cujo centenário se comemorou em 2012, não com a dimensão da grandeza que Janary representa (e isso não cabe a mim comentar aqui), mas de certa forma já um indício de que nem tudo está perdido. Mas creio que num futuro próximo talvez apareçam líderes que saibam como tornar esse evento primordial mais visível e posto em seu devido lugar e mostrem a verdadeira importância histórica do nosso primeiro governador, que deu sábia e memorável resposta a um jornalista que fez uma observação cabotina sobre o “palácio” do governo naqueles primórdios territoriais, então muito simples e sem conforto: “Meu amigo, o Amapá tem interesses maiores, seu projeto é ambicioso, é de uma responsabilidade social incomensurável. Acima das minhas vaidades e das minhas mordomias estão os interesses do Amapá, do Brasil e de seu povo. Estou aqui para trabalhar por este povo, por estes brasileiros que os encontrei carentes de tudo, juntamente com meus auxiliares. Tenho o indeclinável compromisso de desbravar esta região que encontrei abandonada, creia o senhor, que a última obra a ser construída nesta cidade, será o palácio do Governo”.
Assim era Janary, cujo legado só de uns anos para cá está sendo, paulatinamente, reconhecido por uma sociedade que nem sempre presta atenção às lições da história e que está anestesiada com tantos escândalos de corrupção protagonizados por políticos. O ex-governador, ex-deputado federal, ex-embaixador, ex-presidente da Petrobrás morreu pobre, no Rio de Janeiro, quase no ostracismo – embora as línguas ferinas e mentes desinformadas do Amapá lhe atribuíssem fortunas, bens, sociedade na Icomi e outras invencionices. Os filhos de Janary estão ainda por aqui, testemunhas vivas da honradez e grandeza do pai. Nos meus 30 anos de Amapá, aprendi bastante, mas faltam ainda muitos outros conhecimentos que eu busco com paciência e senso crítico. E acabo de ganhar um presente ao ler os originais deste livro que, certamente, é um grande tesouro para todos nós que vivemos aqui e queremos o bem do povo e o progresso do Amapá.


Paulo Tarso Barros
(Membro da União Brasileira de Escritores e
da Associação Amapaense de Escritores)

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Contatos com o autor:
adamoroliveiraap1@hotmail.com
(96) 3222-7844 - Escritório - horário comercial


VEJA ABAIXO ALGUMAS FOTOS DA NOITE DE

 AUTÓGRAFOS

Adalberto Ribeiro, Paulo Guerra e Adamor Oliveira

Mesa com exposição dos livros Tesouros de Memórias

Paulo Guerra, Adalberto Ribeiro, Carlos Tork, Adamor Oliveira,
Nilson Montoril e Amiraldo Bezerra

Elfredo Távora (direita)

Aspectos do coquetel no hall da OAB

Elfredo Távora, (camisa verde) Paulo Tarso, Déo Moraes e Adamor Oliveira

Guairacá Nunes, Amiraldo Bezerra e Paulo Tarso Barros

Adamor Oliveira e Vânia e Amiraldo Bezerra com familiares e amigos

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Fotografias do evento:
Rogério Castelo
Alessandro Cardoso
Paulo Tarso Barros
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Um comentário:

José María Souza Costa disse...

Olá.
Primeiro vim agradecer, por ter postado um comentário em um espaço simplório na internet, e que chamo de blogue.
Confesso-vos, que fiquei honrado.
Estou lhes seguindo por aqui.
E aproveito para desejar-te um fim de semana, muito bom.
Abraços.