Nota:
Esta série vai prosseguir até que possamos publicar e registrar, em intervalos de 15 em 15 dias (mais ou menos!), neste blog, o maior número possível de novos poetas.
Esclarecemos que aqui não fazemos juízo de valor nem apreciação crítica (apenas a divulgação!), mas são livres os comentários e opiniões dos nossos leitores e internautas, desde que pertinentes e referentes aos textos -- e não ofensivos, é claro.
Esclarecemos que aqui não fazemos juízo de valor nem apreciação crítica (apenas a divulgação!), mas são livres os comentários e opiniões dos nossos leitores e internautas, desde que pertinentes e referentes aos textos -- e não ofensivos, é claro.
O conteúdo, revisão ortográfica e gramatical dos textos são de inteira responsabilidade dos seus autores, bem como o copyright.
Aguarde para breve mais um novo poeta!
Ronilson
Medeiros nasceu em janeiro de 1986, em Macapá - AP, filho de pais separados foi criado pela avó,
na periferia de Macapá, na famosa "Ponte do Copala", no bairro do Muca - e tudo conspirava para que
ele não desse certo na vida, como muitos jovens de lá, que em virtude da
criminalidade tiveram suas vidas interrompidas aos dezessete anos. Ronilson,
porém, se dedicou aos estudos e ao trabalho, atualmente cursando o ultimo
semestre do curso de Pedagogia.
Começou a
escrever muito cedo. Era na noite que afogava suas mágoas e foi assim que
começou a transformar seu tédio em poesias... Gostava também de ver o amigo Tupi,
filho de Arthur Nery Marinho, recitar os poemas do pai, na roda de amigos.
Ronilson
é um jovem poeta que, como muitos, sonha em publicar seus livros, fazendo da
palavra e da poesia um instrumento para tornar o mundo mais belo.
..................................................
Contatos com o autor:
- Celuar 96 - 99187-7469
- E-mail: ronilson.apmedeiros@gmail
- Facebook: Ronilson Medeiros
SOU
Uma presa fácil
Um animal domado
Uma criança iludida
É assim que sou nos teus braços!
Não tens regras,
Não tens disfarces
Usa todo esse amor
E me enlaça
Prende-me pés e mão
E vais comigo
Por onde eu ande...
MEU FILHO
Chora meu filho!
Tuas lágrimas são o sinal
Do mais profundo sentimento
Teu amor me dá forças
E me protege
Dos meus maiores demônios
Teu amor me faz sentir livre
De todas as maldições
Que me consomem...
Meu inferno
Agora está cheio
De tulipas, jasmins e margaridas.
ADMIRADOR
ANÔNIMO
Admirável admirador anônimo
Com rosas roxas
Romanticamente nas mãos,
Radiante é a imagem que
De ti desconheço.
É chegada a hora
Da lâmina que corta o jardim
Os ramos de tanto
Cobriram o chão,
os pés, de quem, na noite,
Busca a alegria da luz
Daquela luz que apagou.
Outro sorriso anônimo.
Abriu-se contra ti,
Ao invés da rosa
Que a tristeza de tanto florescer
Destruiu daqui.
O vermelho do amor
Empalideceu-se
Com o emergente lilás da paixão.
É azul nossa história
O azul que escurece
O céu dos temporais,
Que pinta o infinito dos mares
E infinda este imenso céu de meu Deus.
TEREZA
Ah, Tereza...
Canto-te todos os dias
Canto teus encantos
Que há tempo te erguia
Hoje és mulher vivida
Teus filhos depois de paridos
Sumiram por está vida
Fizeram-te submissa
Dos seus desejos e caprichos.
Não, não levarás de mim
(mais um neto teu).
A tua memória
Não tiveste riquezas.
Porém, tiveste pureza
Pureza cansada da luta
Dos desejos secretos em ti ocultados.
Peço-te que vivas;
Não porque é bom viver
Mas, pela
precisão que temos daquele dia
Quando tu anteriormente sofrida
Livrar-te-ia da ferida
Que se abriu na corrida
Na qual competimos pela vida.
VERÃO
O verão chegou cedo,
É fim de junho.
As tardes cheias de esperança
São fogueadas pelos raios de sol.
O cantar dos pássaros
Já antecedem o dia que virá amanhã.
Com certeza terá outra tarde igual a
esta,
Porém, mais feliz pra mim.
A noite começa...
E nela a solidão abre suas asas,
Temporais afugentam a vida,
Afogam os sonhos bons.
O que restou do inverno que passou?
Plantas exuberantes?
Verdes estribilhos?
Almas renovadas?
Restaram somente terras
Prontas pra vida nascer.
É o fruto da chuva
Que colheremos, a seguir;
Pergunta o amor a vida
Terá lugar pra nos dois aqui?
A vida irônica responde:
Deixa o tempo te levar
E com certeza viverei em ti.
É... mas como todos os anos,
O verão passará daqui.
A vida sem vida aclamara sofrida
Debaixo da chuva ardida
Que o amor que jáz ido
Volte no tempo que finda
E lhe diga uma palavra amiga,
Também servira uma amarga,
Como pagamento da dívida
Que aquela fase bandida
Provocou nossa despedida
VERSOS
(DI)VERSOS
Pés que rejeitam o chão
Mãos que agarram o proibido
Bocas que pensam no sabor
Mentes que devoram com o olhar
Tronco que não domina seus membros
Alma que se expressa quando quer
Vontade que foge da vida
Espírito que descansa nos sonhos
Morte que não pega de surpresa
Medo que não traz o pavor
Gemidos que se ouve de longe
Gritos que a garganta calou
Beleza que o tempo trouxe
Liberdade que o passado levou
Luz que se apagou no escuro
Escuridão que dominou a visão
Prisioneiro sem cativeiro
Cativeiro que não aprisiona
Música que não se ouve
Canção que não tocou
Íntimos estranhos
Distância que aproxima
Repentes que se acusam
Planejados que não acontecem.
CORAÇÃO
DESTRUÍDO
Um amor perdido
Um choro contido
Um selo violado
Um santo pecado
Um sorriso fechado
Um canto oprimido
Um sonho quebrado
Um orgulho erguido
A força vencida
A calma cansada
Um pedido negado
Um conto sofrido
Um marco arrancado
Tantos anos passados.
O fogo da vela
Um mundo queimado
Amantes distantes
Amores proibidos
Guerras no lar
Razão sem sentido
Amigos atrozes
Amizades sem piso
Palavras sem peso
Um coração destruído.
PERDAS
Secou a fonte do nosso amor
Secou-se a árvore da esperança
Contaminaram nossa pureza
Contaminaram nosso oceano
Destruíram nossos castelos
Destruíram nossos sonhos
Rasgaram nossos alforjes
Rasgaram nosso divino manto
Em tudo a perda foi pouca
Em tudo foi pouca a consolação
Aos poucos me consolei
Aos poucos tudo se reforma
Nem tudo se reformará
O que se reforma, no entanto
É o bastante
O resto? Todos perdem um pouco
Perdas são sempre perdas
Pena é que perdi demais
Perdi você, perdi a paz
Perder você doeu demais.
INSATISFAÇÃO
Cada
parte da vida,
Cada
instante do sonho,
Cada
pedaço de pão,
Tem
o sabor de vitória ou de derrota.
O
resultado, às vezes, nem importa
Pois,
quase sempre
Odiamos
o trabalho que temos,
Não
vivemos com quem amamos,
E
quase nunca temos o que desejamos.
E
pra infelicidade, não importa,
Se
moramos numa pensão,
Numa
oca ou numa mansão,
Qualquer
bem será em vão
É
sempre mais viável
Viver
com excitação,
Um
pouco de paixão
E
alguém pra nos dar a mão.
TESTES
Toda
convivência é um teste pra relação
Toda
paixão é um teste pra emoção
Todo
sonho é um teste pra realidade
Toda
distancia é um teste pra saudade
Todo
acordo é um teste pra confiança
Toda
promessa é um teste pra esperança
Todo
momento é um teste pra eternidade
Todo
o meu mundo é seu, de verdade!
Nenhum comentário:
Postar um comentário