Nota:
Esta série vai
prosseguir até que possamos publicar e registrar, em intervalos de 15 em 15
dias (mais ou menos!), neste blog, o maior número possível de novos poetas.
Esclarecemos que aqui não fazemos juízo de valor nem apreciação crítica (apenas a divulgação!), mas são livres os comentários e opiniões dos nossos leitores e internautas, desde que pertinentes e referentes aos textos -- e não ofensivos, é claro.
Esclarecemos que aqui não fazemos juízo de valor nem apreciação crítica (apenas a divulgação!), mas são livres os comentários e opiniões dos nossos leitores e internautas, desde que pertinentes e referentes aos textos -- e não ofensivos, é claro.
O conteúdo, revisão ortográfica e gramatical dos textos são de inteira responsabilidade dos seus autores, bem como o copyright.
Aguarde para
breve mais um novo poeta!
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NETH BRAZÃO é professora do
quadro estadual do Governo do Amapá, graduada em artes visuais pela UNIFAP e
pós-graduando em Docência do Ensino Superior, Português e Literatura e Neuropsicopedagogia,
com alguns poemas publicados em três coletâneas poéticas, participa de grupos e
saraus e deu seus primeiros passos na literatura amapaense produzindo poemas
como estes que publicamos agora — como parte deste projeto de realizar uma
amostra dos autores que iniciaram a trajetória em anos recentes e buscam seu
espaço, seja através de blogs, redes sociais, espetáculos ou em publicações impressas.
Seja bem-vinda, Neth Brazão!
Seja bem-vinda, Neth Brazão!
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INSTANTE
Uma
taça de vinho
Um
caderno de rabiscos
Uma
música de fundo
E
um sonho mal desenhado.
Um
amor engaiolado
Uma
mentira mal embrulhada
Uma
vela sem chama
E
um coração despedaçado.
Duas
taças de vinho
Folhas
rabiscadas
Música
sem sentido
E
um sonho apagado.
Um
amor que voou pra longe
Uma
mentira escancarada
Uma
vela derretida
Folhas
todas molhadas.
ELOQUÊNCIA
Por
que não me levas
Em
teus pensamentos
Com
a mesma intensidade
Que
ficaste nos meus?
Ainda
pinto a boca de vermelho
Só
para o meu desejo
Provocar
o teu
E
deixo-me solta esperando
Tua
chegada...
Chegada
que tarda a acontecer.
Então
vem!
Há
uma chama esperando
Faça-me
tua!
Espero
o dia chegar,
O
que me trará teu sorriso,
E
ao ouvir a tua voz
Saberei
que a dor se foi
Então
me abrigarei em seus braços
E
descansarei meu amor.
O
sol entrará pela janela,
Eu
já a abrir há tempo
E
em cada raio de luz
Tua
presença invadirá
Meu
céu que de cinzas
Ficará
azul,
E...
eu me farei tua!
Não
demores a vir!
Não
suporto mais a tua ausência,
Estou
definhando em saudades
De
coisas que ainda nem vivi.
ROMARIAS
Possuías
vitrines de um amor
Sem
terra ou céu,
Em
tenebrosas passarelas caídas
Que
as cobre de pensamentos
De
um tempo superficial.
Sonhos
despidos de vida,
Em
possuir o almejado
Que
para longe partiu.
Tétrico
fim do que nunca foi verdade
Além
do inspirar;
Sonhar;
Querer...
Amar,
além de um casulo
É
ousar...
É
jogar-se no desconhecido
Sem
saber se vai cair:
Em
braços;
Ombro;
Ou
solidão...
Seguir
em romarias calhadas
Buscando
o impossível, o amor.
...
Meu
querer ignorado
De
me deitar ao seu lado
E
sem palavras me deixar
Jorrar
os litros que me sufocam o peito.
Tem
tanto de sonhos quebrados cortando os meus pés.
Não
sei como ir além,
Não
sei sair daqui...
A
noite é pétrea
Me
desola a alma
Me
jogando nos braços da solidão.
(DES) PALAVRANDO
Essa
mórbida saudade
Com
o cheiro da tua pele,
Me
discípula a sentir
Em
fragmentados segundos
O
gosto embriagante da tua quente boca.
Chega
a ser masoquista a lembrança
Do
último tom da voz,
Ainda
assim a quero lembrar.
Quero
revirar os dias de contentamento
Só
para te ver nas sombras cinzas
Do
melhor azul esculpido nas tardes
Dos
dias qualquer.
Então
me propus a te recriar em obras
Abstratas
no silencio,
E
no pulsar mais quente do meu peito
Te
fundi.
E
nos espelhos da minha vida
Vejo
muito mais de ti
No
meu viver desconstruído,
Esvoaçado
pela paixão.
POETIZANDO
Minha
poesia tem de tudo
De
uma alma vazia,
Lacrada
no muro,
Per
posta ao tempo de lá.
Minha
poesia se funde
Na
eloquência da noite
Chorosa
a sorri,
Se
monta na lua, se lança ali.
Minha
poesia te beija
No
silencio malandro
Da
nega perfumada
Que
rebola no cais.
Corre
estradas sem destino
Se
reinventa no tempo
E
reo
Torna
ao amor
Que
a fez existir.
SOMBRA
As
margens da estrada de chão
Desaparecem
no inóspito neblinar
Que
se firma no momento,
Mal
se pode ver apenas sentir.
Sinto
você se aproximando em vento
Forte,
arrasador que domina o espaço
Interno
que luta para dissipar o medo,
O
medo da escuridão...
Tendo
o frio como cobertor,
Aumenta
a fala do que um dia se fez
Corpo,
O
amor.
Envolvo-me
em meus braços
Estão
vazios não encontraram você.
...
ao meu lado resta minha sombra,
Eu
sou o que sobrou de ti.
Neth Brazão com artistas e outros poetas em evento na Praça Veiga Cabral - Macapá - AP
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