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13 de dez. de 2015

SÉRIE NOVOS POETAS DO AMAPÁ 3 - LORRANA MACIEL


Lorrana Maciel é natural de Macapá - AP, nascida no dia 3 de setembro de 1993. Começou a escrever aos 8 anos de idade. É mãe-coruja do pequeno Luiz Miguel. Em 2006 ingressou no teatro, circo e dança.  É formada em Técnico em Informática e acadêmica em Sistema de Tecnologia da Informação (UNIP), membro colaborador do grupo de artes integradas Pena & Pergaminho (P&P). A sua principal temática apresenta um tom mais apimentado/romântico, mas também aborda questões como a saudade, tristeza e bilinguismo.
(Texto da autora)


É administradora da fan page no facebook: 




POEMAS DE LORRANA MACIEL


A IMAGEM DA FLOR

Olhei a mata e avistei no céu
A imagem da minha pequena flor
Recordei o dia em que a certeza
De que os seus olhos jamais
Abririam...

Afundou-me no mar de tristeza.


AMOR ENTRE AMORES

Amor sublime e traiçoeiro...
Amor venenoso e gostoso...
Amor fugaz e desatinado
Amor rico e miserável...
Amor doce e amargo...
É isto que faz a lembrança...

Do teu quarto...


CALENDÁRIO AUSENTE

Estou cansada de ficar em frente ao calendário
Esperando mais um dezembro chegar,
Na ânsia de ver você voltar
Mesmo tendo a certeza
De que nunca acontecerá
O reencontro das nossas almas
No fogo do nosso amor...

  

CASOS E ACASOS


A cada dia que passa
O gosto em sabores dos meus amores se vai...
Nesses casos e acasos eu me perco
E eu me acho nos teus olhares
Desatino total na entrega dos braços teus
Devaneio nos teus lábios
Saudade aperta quando você se vai...


CARTA PARA HIPÓLITO
Mesmo nas profundezas obscuras do meu ser
Eu te amo
Mesmo no sepulcro do meu pranto
Eu te amo
O céu e o inferno penetraram minhas mãos,
Adormecendo minhas dores por um tempo.
Eu amei teu silencio mesmo não querendo
Sua não verdade em dizer que amava também.
Essa prisão apetitosa que são os teus braços,
Conduziu-me por mares escabrosos de amor.
Mares frios, sombrios, quentes e frágeis.
Dezembro se foi junto contigo,
Para dizer adeus

Seria um alivio?




ONDE?

Perco-me no conflito da compreensão desse amor que fora tão forte em suas batalhas

Estupidamente voraz na capacidade de acreditar que o mundo não era páreo para a sua imensidão

Mas pobre desse amor, ainda não entende que mesmo sendo forte, agora está despedaçado...

Encharcado na dor de um abandono e ignorado naquele amargo dezembro

Onde foi parar a força e a coragem da tua armadura, onde? Onde?

Até os deuses temiam o teu poder inabalável... Onde? Onde?


Onde, onde estará?




TRAÇO DO PENSAMENTO


A luz e a escuridão navegam por entre as pernas
Sobem as nádegas, penetram a surdina no sepulcro do iodo,
Reinventam CO2, compilam HTML calculando em 90°
Segura no orgasmo os poros dos elefantes
Rachando as lentes dentro dos olhos
Deixa o amargo no couro e pinta

A pinta do sol...






PUXA

Puxa o laço lentamente
Deixe seus dedos burlar minha renda
Para que tua língua encontre a cachoeira





PRESA NO PRATO PERFEITO


Deixe minhas mãos livres
Quero explorar cada linha das tuas notas
Um dó meu grande mi ao quadrado
Paralelamente compreendo os paranauês
No sexo estrogonofe, fome e gozo
Sou tua tigresa e você é meu prato perfeito
Introdução de cada centímetro do teu amor em mim
Sigo na canção das tuas ondas do créu até o final curto
Sentindo antecipadamente a saudade de lhe jogar no chão

Passo a passo do crepúsculo eu te engulo...






DIRETA

Fode minha boca
Fode minha buceta
Só não fode o meu coração


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