Nota:
Esta série vai prosseguir até que possamos publicar e registrar, neste blog, o maior número possível de novos poetas.
Esclarecemos que aqui não fazemos juízo de valor nem apreciação crítica (apenas a divulgação!), mas são livres os comentários e opiniões dos nossos leitores e internautas, desde que pertinentes e referentes aos textos -- e não ofensivos, é claro.
Esclarecemos que aqui não fazemos juízo de valor nem apreciação crítica (apenas a divulgação!), mas são livres os comentários e opiniões dos nossos leitores e internautas, desde que pertinentes e referentes aos textos -- e não ofensivos, é claro.
O conteúdo, revisão ortográfica e gramatical dos textos são de inteira responsabilidade dos seus autores, bem como o copyright.
Aguarde para breve mais um novo poeta!
BURQA
Quero
beber uma era inteira
Um
pouco do meu suor
Quero
mergulhar quente
No seu
olhar congelado
Quero
desvendar duas tempestades de areia
Viajar
para os confins dos fins do oriente
Não
seja altruísta
Não sou
vilão
Não
espere mil e uma noites de chibatadas
E o
sangue azul manchando o mar vermelho
Enquanto
eu me afogo na areia movediça
Que me
leva ao hell
Estamos
separados hoje
Pela
terra, inferno e céu...
UMA NOITE COM ELA
Quero
beijar o canto da sua boca
E tocá-la
com a ponta dos meus dedos
Silenciosamente
para que o mundo aplauda
Nossa
forma de amor sem culpa
Culpa
que morre sem ação
Ação
que ocorre sem tempo
Tempo
que não existe um instante...
Deixa-me
saber como é estar vivo
Como é
colocar os sapatos atrás da porta
E ver
os olhos piscarem em um milésimo de segundo
E todo
o clichê de Romeu apaixonado
Fui
criado para amar-te sem entendê-la
Para
cheirar sem desfrutar seu Chanel Nº5
E toda
a velha mordida solidão das paredes
Confesso
que nunca amei uma renda
Até ver
sua calcinha azul piscina
Me
pinica a pele e a arranco vorazmente
Como se
o nu fosse a fonte da vida
E vida
que brota da cama cala-se o som
Agudo e
generoso quanto a água poluída
E todo
aquele temor, passa como um filme de época
Nos
cavalos negros sem direção.
Vivo um
momento que não esperava
Vai
além de dentes mordiscando o cérebro
Vazio
dentro do mar de valiosos tijolos amarelos
E todos
os bons pensamentos de Cássia Eller
E todo
esperma que atrapalha a evolução não saiu de mim
Pois o
seco não reproduz o ar vindo da rua
Nem
tanto quanto a sua própria luz, lua.
NADA SOBRE ANJOS
Nunca
conto que a chuva me faz feliz
E nem
que pintar meu rosto como palhaço me faz bem
Eu sou
pop, sou indie
Sou a
aventura
Queria
que as vitrinas estivessem cheias de felicidade
Azul
pode ser meu interior
Cheio
daquilo que a humanidade busca
A
ignorante perfeição do imperfeito sem conserto
O amor
se tornou lenda
De
quando a guerra fria estava no projeto
Até os
dias em que o cidadão se tornou um segundo plano
Vou
celebrar minha manhã fria e sem cor
Pois
acordar já é uma virtude
Queria
grandes balões de ar
Pegar
uma corda e voar na plenitude
Onde se
escondem mistérios de ancestrais que nunca vi
Queria
ver pessoas que ajudam pessoas a não cair
A não
chorar...
E um
arco-íris de plástico no quintal
A BAILARINA BÊBADA
Na
madrugada adentro eu dormia
Não
ouvia seus passos contados
Pensei
estar atrasado para seu ensaio
Notei
seu silêncio e chorei
Pois
minha bailarina dormiu sem acordar
Uma
taça de lágrimas em baixo da cama
Do lado
um violão
E sua
última composição
Falava
de um amor negado
Por um
vizinho mal-amado
O
mal-amado sou eu
Ela se
foi sem saber
Que meu
coração era dela
E seu
dançar, me fazia viver...
PÁSSARO ESTRANHO
Eu
nunca fui de bandos
Ou de
belos cantos
Eu
nunca fui de folhas
Ou de
amores eternos
Eu
nunca fui de voar ao sul
Ou
seguir o sol
Eu
nunca fui livre
Apesar
das asas.
ANALU
Você
disse que me quer distante
Pra
saber se realmente me ama ou não
Do outro
lado da rua era sua casa
Hoje é
bem longe daqui
Se você
não demorar
Te
espero pro resto da vida
O perto
era muito distante pra mim
O longe
se torna a substância do fim
Te juro
amor eterno em pensamento
Mas meu
coração não me deu resposta se concorda
Se você
não demorar
Te
espero pro resto da vida
CONECTO AMOR (FEAT. ANA ANSPACH)
No
passar dos dias te vi em sonhos
Em mim
correndo os pontos
Nada se
faz triste com a sua luz
Nem a
melancolia que um dia compus
Doces
sons você me traz
Música
e letra que me seduz
Meu
corpo se deslumbra com o calor teu
Me
vicia na fome de ser todo seu
Minha
pele já tem o seu cheiro
E já
não posso mais dormir
Sem
sonhar em te encontrar
COISAS SELVAGENS
Todo o
mundo se rende à dor do pecado
Os
lábios secos e amargos no dia cinza
Deus nos
deu vida para sermos bons nisso
Mas
nunca aprendemos a valorizar
A calma
derrama no chão como café frio
E os
olhos param de se cruzar
Os
nossos corpos trazem doenças para nos penalizar
Por
toda vez que julgamos os bem vividos
Deus
nos deu inteligência para habitarmos os espaços
Mas
continuamos sendo selvagens sem rumo algum.
MAIS UMA DE AMOR (FEAT. JHONATAN SALES)
Juntando
os dedos e fazendo a noite infinita
Há
amor, se eu pudesse parar o tempo em um loop total
Onde
estavas? que num minuto de demora uma vida passou
Não
serei apenas algo passageiro eu sei
Amantes
devemos ser, afinal poesia será nosso café
Te
senti entre os braços e no calor do seu perfume
Amanheceu
e ainda tinha você no meu quarto apenas de cuecas
Nunca
teria imaginação para descrever o sentido
Saiba o
quanto admiro seu olhar
Ainda
que distante dele deva estar
Leve
com você meu coração como presente
Espero
que a carta que lhe escrevo tenha retorno
Só isso
me deixaria feliz hoje, nos meus dias escuros.
CASTELO DE AREIA
Acreditamos
em possibilidades
Tais
que nos fazem crer na vida como deveria
Línguas
matam
Línguas
machucam
Construir
o que se sonha é uma tarefa árdua
Quando
a pedra é maior que o passo
Pés
cansados
Pés
pesados
Letras
em clichê de carinho
Como se
a realidade brotasse do escuro
Vista
perdida
Vista
embaraçada
Te tomo
como aliado da luta
Luta
perdida antes de seu início
Grito
calado
Grito
sem som
Rodeio
o vento
Tentando
agarrá-lo pra mim
Tempo
perdido
Tempo
esgotado
Posso
inventar motivos
Para
omitir uma felicidade
Alegria
morta
Alegria
torta
E se
teu sucesso fosse a porta
Eu
seria um superstar agora
Música
lenta
Música
baixa
E se eu
te avistasse em uma rua sem fim
Voaria
pra longe, de ti e de mim
Asa
quebrada
Asa sem
penas...
Caí...
MISOFONIA
Seu ar
me frisa os dentes
Seu ar
seco, cansado
Morto,
desesperado
Repudiaste,
moldaste
Agonizante,
delirante
Repugnante,
pare um instante...
Seu
mastigar salivoso
Ardiloso,
culposo
Meloso,
com lábios
Pálidos,
rápidos
Mágicos,
mandados
Impensados,
me dê espaço...
Seu
corpo de mim sai
Com
dor, odor
Amor,
frescor
Dignidade,
saudade
Piedade,
habilidade
Santidade,
disparate...
Do
corpo ao outro
Do pelo
ao pelo
Do
vento ao tempo
Da
chuva ao sol
Do
pecado ao pedaço
De tudo
ao nada
Do
completo ao exagerado
Eu e
você, camas de concreto...
NOSSO ANTIGO PLURAL
Você me
abraçou sem preconceito de amar
Me
tirou a maldade que engoli por me machucar
Aquele
velho amor no qual brinquei com fogo
E hoje
não o toco nem por um segundo solto
O filme
recomeçou e eu sou protagonista
Da
mesma cena de desejo e louco a vista
Deixa
eu acreditar dessa vez no melhor
Não me
cuspa, pois eu sei que não é o meu pior
O livro
acabou em linhas rabiscadas demais
E eu
continua sendo o mesmo pequeno rapaz
O seu
vazio foi e voltou várias vezes
Eu por
milhões de horas repeti o erro
Matei
minha alma com amor vagabundo
E são
os únicos produtos atuais deste novo mundo
CRESCENDO COMO UM SERIAL KILLER
Um copo
de vinho tinto
Dentro
um diamante bruto
Meus
pés já não sinto
Me
sinto um imundo
Meus
lábios secos e sem cor
Meus
pensamentos vazios
meu
coração sem amor
Abandono
e frio
Minha
arma no chão
E minha
boca na tua
O vento
em direção
Da tua
pele nua
DUPLA FACE
Sou
limpo
Sou
sujo
Sou
amigo
Sou
injusto
Sou a
vida
Sou a
morte
Sou a
armadilha
Sou a
sorte
Um
retrato vazio
Um
reflexo rachado
Um
cisco sutil
Um
grande amassado
Um
homem
Um
indigente
Um
monte
Um
inexistente
DECISÕES DA MEIA-NOITE
Nada
será como antes
Eu devo
entender
Vivo em
um mundo delirante
Sem
nunca sofrer
Meu
travesseiro guarda segredos
Que
talvez eu nunca conte
Uma
mistura de lágrimas e dedos
Sou
como uma fonte
Extravasando
todo meu ar
Em
milhares de gotículas
Vou
revirando sem respirar
Em
emoções tão vividas
No meio
do universo
Ao contrário
do sol
Quero
caminhar no eterno
Desatar
de pequenos nós
A
essência já deve
O
chamado ou oração
Vou em
passos leves
Como um
sopro de canção
Vou
deixando o ponteiro rodar
Em
silêncio sou inteiro
Me
fazendo o choro estancar
No meu
silenciado desespero
...................
INFORMAÇÕES SOBRE O AUTOR
Carlos Alberto de Oliveira Romano Neto, mais conhecido com Netto Romano ou
apenas ROMANO, é um poeta, escritor e
compositor de 26 anos, nascido em 24 de Junho de 1993 em Belém, passou a morar
na cidade de Macapá a partir de dos 2 anos de idade, descobrindo a escrita e a
arte em sua adolescência. Romano já participou de diversas produções,
principalmente músicas (músicas e clipes), na poesia sempre está divulgando
seus trabalhos em blogs e redes sociais. Integra o Grupo de Artes Pena &
Pergaminho desde 2017 e atualmente possuí 3 livros disponíveis em uma
plataforma digital: AS AVENTURAS DO AMANTE UNIVERSAL (com mais de 3 mil
leituras, tratando-se de um livro de contos eróticos); "NADA" SOBRE
ANJOS (livro de poemas, poesias e textos, com mais de 1,9 mil leituras) e o
mais recente JUVENTUDE VIOLENTA (conto de horror / ainda em publicação), além de seus trabalhos musicais com artistas
locais e regionais disponíveis em plataformas de músicas e vídeos. Atualmente
Romano vem produzindo Áudio Poemas (poemas em formato de áudios musicados) com
obras de escritores locais e regionais, além de suas próprias obras. Em breve
será disponibilizado gratuitamente com 14 faixas.
https://my.w.tt/C9ZShrw6M5 (Livro:
"NADA" SOBRE ANJOS)
https://my.w.tt/QL2CGEB6M5 (Livro:
AS AVENTURAS DO AMANTE UNIVERSAL)
https://youtu.be/TjhstfIEugk (Clipe
Felipe Sena - Quero Ver Quicar)
https://youtu.be/6st29RT5XWc (Clipe
Rafel Esteffans - Deixa O Corpo Falar)
Se
espelhando na cultura Pop, Geek, Indie e ArtPop, Romano traz essa temática para
suas obras e estética de compartilhamento em suas redes sociais.
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