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8 de abr. de 2009

O VELHO: NOVO LIVRO DE CONTOS DE RUI GUILHERME



Rui Guilherme de Vasconcellos Souza Filho, paraense de Belém, nascido em 18 de março de 1943, magistrado, integrante do TJAP e professor, membro da Associação Amapaense de Escritoires - APES, publicou Leilani – Relato de uma Obsessão (Romance, 1999), obra que recebeu o Prêmio Inglês de Souza da Academia Paraense de Letras em 1990; Carta de Amor e de Ódio – e Outras Histórias (Contos, Cejup, 2005) e teve conto premiado e publicado em antologia da Unifap.




Percebe-se, desde o início, a elegância e o estilo de um escritor perspicaz, talentoso, em pleno domínio do ofício de escrever, que nos deixa pistas do seu existencial no mundo das letras – uma experiência bem-sucedida ao lado de nomes consagrados que lhe outorgaram o manancial imprescindível para quem almeja um lugar no imponderável círculo literário.
Após sua aplaudida estréia com o romance Leilani – Retrato de uma Obsessão, uma história com traços marcantes do realismo fantástico, e depois de lançar os contos de História de Amor e de ódio, agora o autor organizou seu novo livro batizado de O Velho. E segue, ainda em alguns destes textos, essa vertente instigante da prosa de ficção que é cultivada por tantos escritores importantes.
Rui Guilherme é magistral ao criar situações em que as personagens parecem estar ao lado ou à frente do leitor. O conto O Velho, por exemplo, nos transporta para o imaginário de saudades de um ancião aguardando resignadamente a morte, que parece o ter esquecido, pois a saudade “É, sobretudo, a falta que se sente de si mesmo”. Nostálgico e hilário, o conto é um relato sobre a solidão humana e a passagem do tempo na vida de cada um de nós, quando certos acontecimentos, mesmo aparentemente triviais, assumem amplitudes de afetar o destino.
Em O Diabo e Machado de Assis em Visita a Belém do Pará e Shangô, contos que nos transportam a mundos não materiais, onde as personagens transitam além da percepção humana, sem que falte a dose certa de humorismo e sarcasmo, que dão às narrativas aquela sensação prazerosa que tanto encanta os leitores de bom gosto, o escritor consegue dois inesquecíveis momentos ficcionais – fato primordial para o êxito de qualquer autor.
Numa combinação de lembranças, imaginação e talento, visitamos, prazerosamente, cada cena das histórias – interatividade que nos faz cúmplices, co-partícipes do seu imaginário, invadindo os porões onde os seres ficcionais vivem num mundo à parte, mas tão próximos de nós. Às vezes somos surpreendidos com a citação de personalidades do mundo real que também se movem nos cenários montados por Rui Guilherme, como fazia, por exemplo, Nelson Rodrigues, ao incluir seus amigos em algumas obras. Que o dissesse Otto Lara Resende, vez por outra povoando os textos rodrigueanos.
Em Souzafilhíadas, o autor nos adverte, bem-humorado, que seus relatos podem ou não ser verídicos – e deixa-se levar, ora liricamente, ora com ironia, pelas inolvidáveis reminiscências familiares, e parece se divertir com aquele instrumento de tortura tão utilizado na educação nacional de outrora: a famigerada palmatória, na sua família batizada solenemente de Chico. E por aqui eu paro, deixando ao leitor apenas indícios do que o espera ao folhear as páginas desta deliciosa obra literária (Paulo Tarso Barros).


- Data do lançamento: 17 de abril de 2009

- Local: Sede da Associação dos Magistrados do Amapá (no bairro Universidade)

- Hora: 20h


Contatos com o autor: (96)99126 4880

4 comentários:

Anônimo disse...

Não faço comentários por ora, mas deixo um recado para o autor. Fui sua aluna e moro em Portugal. Gostaria de contactar consigo. Estou no http://analuciaaraujo.bloguepessoal.com e no jornal online O Rebate.
Ana Lúcia

Thiago Santos disse...

Olá senhor Rui Gulherme, eu gostaria de saber se você tem um filho tambem chamado rui guilherme que estudou no INPI aqui em Belém, porque minha mãe estudou com este rapaz, era amiga dele e fala muito sobre ele. por favor, se puder responda. o nome dela é Mirian Rute Nascimento de Souza.

Paulo Tarso Barros disse...

Thiago, eis a resposta do Rui Guilherme, a quem eu sugiro que entres em contato direto :

"Fiquei duplamente feliz ao receber este seu e-mail: a uma, por ver que
está tendo seu blog acessado em outros Estados, como nosso vizinho Pará;
a duas, pelo conteúdo do expediente do Thiago Santos.
Com efeito, meu amado filho Rui Guilherme Freitas Souza Filho foi colega
no NPI/UFPA e amigo muito próximo da mãe do Thiago, Mirian Rute
Nascimento de Souza. Lembro-me bem de Mirian, pequeninininha, morena,
amiga muito próxima de meu filho Guilherme. Os dois estavam sempre
juntos e, salvo engano - justificável pelo longo tempo que já se passou
-, Mirian chegou a ir conosco à nossa casa de praia em Salinas, ou à
nossa fazenda em Soure, Marajó.
Tenho certeza de que Guilherme gostará de reatar contato com sua amiga
Mirian. Para isso, estou replicando este e-mail para meu filho.
Por seu intermédio, Paulo, mando um abraço carinhoso para Mirian e para
Thiago.

Grato e saudações literárias do confrade,

Rui Guilherme"
juiz.rui@tjap.jus.br
(96)9126-4880; casa: 3214-4220; gab: 3312-4574; secretaria 3312-3565.

Thiago Santos disse...

Senhor Rui Guilherme, Minha Mãe ficou muito feliz por saber que eu encontrei o seu blog, e pelo conteúdo da sua resposta. Ela sempre me falou muito bem do Rui Guilherme, e diz que ele foi o seu melhor amigo e que ela jamais o esqueceu. Lamenta tantos anos sem contato, e sente muitas saudades de vocês. A ultima vez que ela teve notícias foi através de uma ex funcionária sua, a Santana.

Minha mãe adoraria manter contato. meu email- xiago.santos@gmail.com celular da minha mãe: (91)80508701
Meu Celular: (91)83738557

Um grande abraço.de Mirian Rute e seu filho Thiago Santos.