Erick Boaventura e Carla Nobre (foto no Teatro das Bacabeiras) são integrantes do Grupo Abeporá das Palavras, artistas que levam a poesia para muitos lugares do Brasil, seduzindo, encantando e incentivando as pessoas a gostar da arte milenar do verso e da dramaturgia.
Neste poema, Erick tece um roteiro de seu existencial nas teias da poesia.
? Poeta
Sou um homem meio poeta,
Sento-me na beira do rio
E pergunto aos ventos todos os sentidos,
Sentindo na alma que se amiúda
Numa nova paixão avassaladora.
Corro entre buracos, moro quase juntos aos ratos
E nos pratos: o suor,
E na mente: a poesia.
Sagro-me numa poeira,
Salto em ornamento em piscinas poéticas
E danço entre pétalas e corro entre esqueléticas e gorgorões.
Sou um quase poeta (Não quero ser um)
Por essa eterna dama que me endossa em almas.
Chuto os ventos e nunca acerto o incerto
O quase poeta nunca erra, viaja em constelações,
E eu amo a calma e vivo entre os ruídos,
Gosto de uma voz e ouço a multidão
E olho nos olhos de cada... Na íris...
De um arco-íris de uma romaria colorida
Sem o pote de ouro no final,
Meus ouros, tesouro os acham em peitos palpitantes,
Em pés, em olhos, em andares e principalmente em cheiros.
Ando com a poesia, ando em poesia em ruas, em quartos...
E a única bela em corpo e em saudades poéticas
Faz-se em estéticas prazerosas, prazer-rosas...
Para a flor de amor, quase poeta ama... E muito a única.
Sou um menino poeta
Um grande quase poeta
Não Quero ser um velho poeta.
Mas, a poesia é célula,
É um aglomerar de ânsias e desejos...
Vou tentar ser um poeta grande
Para convidá-los a exaltar o artista
Que se arma com o lápis e defende-se com o papel e avança em palavras.
(Erick Boaventura)
Rio-Mar
Esse teu olhar de rio
Faz-me querer ser mar...
Te beijar...
Para nos encontrar... É destruir
Em paixão todas as barreiras naturais
E ir ao sobrenatural... Te amar
(Erick Boaventura)
Contatos:
erick-boaventura@hotmail.com
(96)8115 1236
Nenhum comentário:
Postar um comentário