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23 de jun. de 2007

BREVE HISTÓRICO DA APES





A pedido de alguns internautas, republicamos este breve histórico:



No dia 1º de junho de 1989, os escritores José Amoras, Ruy Lobato, Claudelino Lobato, Waldery Gouveia e José Jansen (já falecido), fundam a Associação Amapaense de Escritores – APES – já na oportunidade lamentando a falta de interesse dos autores em comparecer às reuniões e atividades culturais. A primeira diretoria provisória foi assim constituída: José Jansen Costa (presidente); José Maria Chaves Amoras (vice-presidente); Rui da Graça Lobato (secretário-geral) e Waldery Gouveia Rodrigues (tesoureiro). Estipulou-se a anuidade para manutenção da APES em 10 cruzados novos, mas esta obrigação jamais foi cumprida.
No dia 28 de maio de 1990 Ruy Lobato foi eleito presidente e Luiz Alberto Costa Guedes o vice, com pequena presença de associados. A nova diretoria toma posse no dia 1º de junho para um mandato de dois anos. Os demais diretores são: Wellington Silva (secretário-geral); Claudelino Lobato (tesoureiro); Mário Rodrigues (relações públicas). Essas reuniões ocorriam na residência de José Jansen, na Av. 1º de Maio, 2101, no Buritizal, sempre com pequeno número de escritores (geralmente, só os diretores que tinham que votar em si mesmos). A próxima ata da APES só foi lavrada no dia 5 de março de 1993, registrando uma reunião ocorrida na Escola de música Walquíria Lima e com diretoria provisória, pois já havia expirado o mandato da diretoria anterior em 1992. Nessa reunião, estavam presentes Ruy Lobato, José Amoras (como presidente), Ruggato Boetteger, Jarbas Cordovil, Carlos Cantuária, Neuronízia Pires. Nessa oportunidade, os escritores já reivindicavam maior participação dos autores locais na imprensa, criação de biblioteca, almejavam um sede e a criação de uma secretaria de cultura, bem como o registro da APES em cartório.
A próxima reunião só aconteceria no dia 8 de outubro de 1993, na Casa de Cultura, na Av. Fab, residência oficial do prefeito (o médico Papaléo Paes) que resolvera morar em sua própria casa. Rui Lobato havia convocado essa reunião porque a entidade estava sem diretoria há mais de três meses. Os presentes então constituíram a seguinte diretoria: Carlos Cantuária (presidente); Graça Penafort (secretária); Rejane Haick (tesoureira). Através de Ruy Lobato, a APES ainda realizou alguns concursos de poesia e crônica entre os anos de 1991 a 1993, mesmo sem muita estrutura ou apoio.
Depois de um período de inatividade, no dia 27 de janeiro de 1995 houve uma reunião no Teatro das Bacabeiras e, após muitas discussões e sugestões, elegeram uma diretoria assim constituída: Paulo Tarso Barros (presidente); Ademir Pedrosa Araújo (vice-presidente); Graça Penafort (secretária); José Queiroz Pastana (tesoureiro); Herbert Emanuel (diretor cultural) e Joel Elias (Relações Públicas). Após várias reuniões, análises e discussões, os escritores adaptaram o estatuto, deram mais visibilidade à APES e, no dia 22 de abril de 1996, finalmente conseguiram realizar uma reunião de Assembléia Geral para ratificação do processo de fundação da entidade, que não foi materializado pelos sócios-fundadores – principalmente após a morte de José Jansen. Essa ata tornou possível o registro de pessoa jurídica da APES, fato ocorrido no dia 30 de abril de 1996, no Cartório Jucá, sob o nº 0937, no livro A-06. Também foi providenciado, junto à Receita Federal, o cadastro de CNPJ (01.263.080/0001-30), no dia 21 de junho de 1996. Seria muito mais fácil criar uma outra entidade, mas por sugestão do escritor Paulo Tarso Barros respeitou-se a data histórica e o papel importante dos fundadores.
No dia 22 de abril, reunidos na Sala da Palavra, no Teatro das Bacabeiras, Alcinéa Cavalcante sugeriu que a APES se posicionasse a respeito de um artigo publicado no Jornal do Dia, de autoria do vice-presidente Ademir Araújo, em que o mesmo critica de forma pejorativa seus confrades José Amoras, Carlos Cantuária e Herbert Emanuel. Formou-se uma comissão, que considerou a atitude de Ademir incompatível com o seu cargo de vice-presidente. No dia 4 de maio, em uma tensa e tumultuada reunião, os escritores resolveram excluir, por tempo indeterminado, o escritor Ademir Araújo dos quadros da entidade.
A Associação Amapaense de Escritores é uma entidade de reconhecida credibilidade, representativa do segmento literário. Por isso, em 4 de setembro de 1996, o prefeito de Macapá, João Bosco Papaléo Paes, através da Lei nº 821 (Diário Oficial do Município de Macapá, edição nº 277), reconhece a entidade como de utilidade pública. Essa lei foi uma iniciativa do vereador e membro da APES, Carlos Cantuária. Já em 8 de julho de 1997, o Governo do Estado, através da Lei nº 0353, torna a APES de utilidade Pública, atendendo a um projeto de lei do deputado Waldez Góes.
Durante o período de 1996 a 2002, a APES teve sua sede provisória no Centro de Juventude Chaguinha. Embora com pequena presença dos escritores, a entidade vem participando de todas as manifestações literárias e culturais do Amapá, apoiando escolas e bibliotecas e participando de eventos. Dezenas de livros foram publicados por iniciativa da APES.

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