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31 de jan. de 2007

MANOEL BISPO LANÇA NOVO LIVRO DE POEMAS





Manoel Bispo (ao centro da mesa) na Confraria Tucuju no momento do Lançamento (02/02/2007)













PALAVRAS DE FESTIM


Falar de Manoel Bispo Corrêa não é difícil. Basta afirmar que é um grande artista, um dos mais completos e talentosos que por aqui aportaram para construir, junto com Alcy Araújo, Nonato Leal, Fernando Canto, Isnard Lima e tantos outros os alicerces artísticos e culturais neste Estado que aos poucos vai consolidando seus valores. E isso de uma maneira gradual, pois a nossa história é muito peculiar. A criação da entidade Território Federal, nos anos 40, deu-nos características diferenciadas que até hoje interferem na nossa trajetória e em todos os aspectos da cultura, política, funcionalismo. Ficamos à mercê do paternalismo estatal, dos empregos, dos altos e baixos e das idiossincrasias de governantes - muitos dos quais jamais tiveram qualquer afinidade conosco.
Que Manoel Bispo é um artista multifacetado isto não é nenhuma novidade. Hábil alquimista das formas, nos entrega agora um conjunto de pequenos poemas, em que experimenta dosar um ritmo denso e ao mesmo tempo harmônico, nesse navegar palavras que é uma das suas especialidades. Curtos, sintéticos, envolventes e que nos conduzem, texto a texto, por uma profusão de imagens, sensações e percepções que só a magia vocabular de um grande poeta tem a capacidade de registrar.
São raros os poetas que conseguem manter, ao longo do tempo, uma produção tão importante. Sua capacidade inventiva tem produzido belos e marcantes poemas. E, desta feita, Manoel Bispo dá mostras de um vigor admirável, de que está atento ao que acontece ao seu redor – e traduz esse sentimento do mundo através de uma poesia cada vez mais rica e essencial a todos aqueles que amam a literatura.
Nascido em Belém, filho do mestre Paulo, muito cedo descobriu o fascínio das letras, esse apelo que todo escritor recebe em determinado momento da vida e que só se materializa quando se publica o tão sonhado livro – no caso de Manoel Bispo, este Palavras de Festim já é o sexto. Os anteriores foram: Cristais das Horas (1978); Mental Real (1986) e Canto dos meus Cantares (1990); Intátil (2002) e Amostra Grátis (2004). São livros que se caracterizam por um estilo muito original, criativo, em que o autor, sem pressa, vai rabiscando a partir de uma concepção mental apurada e depois parte para o chamado acabamento, em que encontra a forma de expressão mais adequada para formatar seus poemas. Essa maneira disciplinada, coerente e eficaz o torna um poeta cuja densidade lírica é reconhecida por todos.


Contatos com Manoel Bispo:
(096) 3224 2936

Texto:
Paulo Tarso Barros
paulo.tarso@uol.com.br
http://paulo.tarso.blog.uol.com.br/

Um comentário:

Rosa Maria de Sousa Melo disse...

Curto, ou melhor, admiro a obra de Manoel Bispo desde os ídos de 198, quando ele participava das Semanas de Arte Amapaense promovidas pelo DAC/SEEC, na época, o embrião da administração cultural do Governo do Estado do Amapá. Considero o produção artística de Manoel Bispo, uma das mais significativas. Não pela quantidade de obras, embora esta também seja bem significante, mas pelo versatilidade do que ele produz. Manoel Bispo é uma pessoa de extrema aptidão para lidar com os pinceis, tintas, letras,violão e voz. Quem sabe outras dádivas artísticas de que não sabemos ainda, em pleno potencial. Parabéns Bispo e muito sucesso.
Rosa Maria Melo