MUNDO NOSSO
Ah, quem me dera
Conhecer a riqueza da biodiversidade Amazônica,
Ver todos os rios correrem
saudáveis ao mar,
Serenar sob o sereno serrado
do ser Macapá
E acreditar que em defesa do
belo,
Todos querem suas vidas
salvar e gozar.
Ah, quem me dera
Viajar sob a luz do quarto
crescente lunar,
Testemunhar a consciência em
defesa do nosso habitat
E a natureza, nossa mãe, com
carinho, fazer respeitar.
Ah, quem me dera
Presenciar o Rio Amazonas no
caminho do mundo avançar,
Saber que a vida sempre seja
saudável pra cá,
Respirar sem sentir a fumaça
no nariz formigar
E sem no ar se espalhar.
Ah, quem me dera
Ver do trapiche sempre a
água limpa, livre, a rampa beijar,
Abraçar na beira-rio, os
amigos espalhados por todo lugar,
E cultuar a beleza do céu, o
brilho da água e o luar.
Ah, quem me dera
Papear com os amigos, meus
familiares,
E alguém que por lá possa
chegar.
Apreciar a seresta, a
culinária, os sucos de caju, taperebá (...)
E tudo que venha desse
universo Rio-mar.
Ah, quem me dera
Observar sempre o sol nascer
e de amor aquecer Macapá,
Conhecer a beleza da nossa
Amazônia,
O encanto amazônico na
memória pintar
E noticiar a vida daqui ao
mundo que venha nos visitar.
Ah, quem me dera
Dormir sempre com o vento resfriando estes hemisférios,
Encantar-me com as
maravilhas deste lugar,
E ouvir os cânticos dos
passarinhos por tempo secular,
Em Macapá, Macapá, Macapá...!
Rio Amazonas na orla de Macapá - AP Foto: Paulo Tarso Barros |
DECEPÇÃO
Na casa do POVO, ferve o caldeirão
E o amor da educação ao mosteiro
Acaba-se no gesto do bolso e da mão.
O silêncio quebra a monotonia,
O amor abate-se com o acórdão,
A mira atinge o alvo da melancolia
E a luva de película mancha a mão.
Mancha a mão de negligência,
De dólar na meia e cueca carregado,
Ao POVO, desrespeito a sua inteligência.
E ao pobre, o gosto do voto amargo.
Perda da vara de condão, só violência,
Mensalinho, mensalão, mesadão,
Filhotismo, verba indenizatória, excelência,
Fraco, covarde, falso e zangão.
Vida, morte, mãos sujas, contramão,
Mundo, IMUNDO, comunhão,
Negativo? Não!
Crença, consciência, com o voto, a PUNIÇÃO.
JOÃO BARBOSA
João Barbosa no lançamento da Antologia Contistas - Teatro das Bacabeiras - Nov-2010 Foto: Paulo Tarso Barros |
João do Nascimento Barbosa, professor e escritor, licenciado pleno em Letras, membro desta Associação, natural do município de Oiapoque, nasceu em 22 de abril de 1951, publicou as obras Aprendendo com Versos (2001) e Gritos no Olhar (2007).
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Contatos com o autor: (96) 9116-7515 e 8128-3400
barbosa.j@zipmail.com.br
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Um comentário:
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