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15 de abr. de 2012

POEMAS DE JOÃO BARBOSA



MUNDO NOSSO



Ah, quem me dera
Conhecer a riqueza da biodiversidade Amazônica,
Ver todos os rios correrem saudáveis ao mar,
Serenar sob o sereno serrado do ser Macapá
E acreditar que em defesa do belo,
Todos querem suas vidas salvar e gozar.
Ah, quem me dera
Viajar sob a luz do quarto crescente lunar,
Testemunhar a consciência em defesa do nosso habitat 
E a natureza, nossa mãe, com carinho, fazer respeitar.
Ah, quem me dera
Presenciar o Rio Amazonas no caminho do mundo avançar,
Saber que a vida sempre seja saudável pra cá,
Respirar sem sentir a fumaça no nariz formigar
E sem no ar se espalhar.
Ah, quem me dera
Ver do trapiche sempre a água limpa, livre, a rampa beijar,
Abraçar na beira-rio, os amigos espalhados por todo lugar,
E cultuar a beleza do céu, o brilho da água e o luar.
Ah, quem me dera
Papear com os amigos, meus familiares,
E alguém que por lá possa chegar.
Apreciar a seresta, a culinária, os sucos de caju, taperebá (...)
E tudo que venha desse universo Rio-mar.
Ah, quem me dera
Observar sempre o sol nascer e de amor aquecer Macapá,
Conhecer a beleza da nossa Amazônia,
O encanto amazônico na memória pintar
E noticiar a vida daqui ao mundo que venha nos visitar.
Ah, quem me dera
Dormir sempre com o vento resfriando estes hemisférios,
Encantar-me com as maravilhas deste lugar,
E ouvir os cânticos dos passarinhos por tempo secular,
Em Macapá, Macapá, Macapá...!
Rio Amazonas na orla de Macapá - AP
Foto: Paulo Tarso Barros



DECEPÇÃO
       No caminho ao desespero,
    Na casa do POVO, ferve o caldeirão
  E o amor da educação ao mosteiro
Acaba-se no gesto do bolso e da mão.
      O silêncio quebra a monotonia,
    O amor abate-se com o acórdão,
  A mira atinge o alvo da melancolia
E a luva de película mancha a mão.
       Mancha a mão de negligência,
    De dólar na meia e cueca carregado,
  Ao POVO, desrespeito a sua inteligência.
E ao pobre, o gosto do voto amargo.
              Perda da vara de condão, só violência,
                      Mensalinho, mensalão, mesadão,  
                    Filhotismo, verba indenizatória, excelência,
                  Fraco, covarde, falso e zangão.
      Vida, morte, mãos sujas, contramão,
    Mundo, IMUNDO, comunhão,
  Negativo? Não!
Crença, consciência, com o voto, a PUNIÇÃO.

                                        JOÃO BARBOSA

João Barbosa no lançamento da
Antologia Contistas - Teatro das Bacabeiras - Nov-2010
Foto: Paulo Tarso Barros
João do Nascimento Barbosa, professor e escritor, licenciado pleno em Letras, membro desta Associação, natural do município de Oiapoque, nasceu em  22 de abril de 1951, publicou as obras Aprendendo com Versos (2001) e Gritos no Olhar (2007).
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Contatos com o autor: (96) 9116-7515 e 8128-3400
barbosa.j@zipmail.com.br

Um comentário:

Anônimo disse...

http://www.unifap.br/?postagem=3838 Veja este link quetem algo interessante