José Araguarino de Mont'Alverne: maçon, escritor, militar, militante político, jornalista -
uma vida inteira servindo ao Amapá
Nascido no dia 2 de novembro de 1920, no município de Macapá, às margens do rio Araguari. Foram seus pais Deoclides Pereira de Mont'Alverne e Maria Luiza Jucá de Mont'Alverne. Fez estudos em Belém nos anos 40, participou do antigo Tiro de Guerra, foi militar do Exército e ingressou no funcionalismo do TFA em 1949 na Divisão de Segurança, logo ocupando o cargo de delegado em Ferreira Gomes e noutras localidades. Foi um dos fundadores do PTB e do jornal de oposição Folha do Povo, ao lado de Amaury Farias e outros pioneiros. Em 1964 chegou a ser preso na Fortaleza, por ordem do governador, general Terêncio Porto, mas logo foi posto em liberdade por Luiz Mendes, que o nomeou comandante da Guarda Territorial, onde já exercia as funções de inspetor. José Araguarino exerceu outros cargos, como chefe de gabinete da Sejusp no governo de Nova da Costa.Na maçonaria, Loja Duque de Caxias, ele ingressou no ano de 1957. Posteriormente participou da fundação da Loja Acácia do Norte, sendo eleito o primeiro venerável. Sua participação no movimento maçônico do Amapá é de suma importância, pois introduziu o rito York no Amapá. Nas palavras de Fernando Canto, era o decano da maçonaria no Amapá.
Casado com a Sra. Maria Helena Franco Mont'Alverne, que lhe deu os filhos Deoclides (falecido), Maria das Graças, Deoci e Deomir. Aposentou-se em 1985 e ingressou na Associação Amapaense de Escritores-APES em 8 de março de 1990.
Nosso ilustre pioneiro, que tanto contribuiu para a consolidação do Estado do Amapá faleceu no dia 23 de janeiro de 2011 por volta das 15h30min.
Não custa nada relembrar que um ser humano que consegue viver por nove décadas - e isso está se tornando cada vez mais comum hoje por causa dos avanços da medicina - traz consigo uma verdadeira biblioteca. E a biblioteca Araguarino, a partir de agora, não está mais de portas abertas para os pesquisadores...
Texto: Paulo Tarso Barros, baseado nas informações da obra "Personagens ilustres do Amapá", de Coaracy Barbosa.
Um comentário:
Uma grande perda para o estado.
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